terça-feira, setembro 06, 2005

Se agora te visse não pararia de rimar
pela simples diversão da metria poética,
do desarranjo semântico,loucura cinética
palavra após palavra até no seu soletrar.

Faria das letras um sortido maravilhoso,
cada silaba chave de um impossível enigma:
a palavra.Seria mais do que um paradigma,
certeza que para ti o Criador foi bondoso

e criou as frases somente para te agradar.
No principio era o verbo mas este não chegou
e para que existisses,a verdade é que inventou
escritores e poetas só para te imaginar.

Tornaste-te o ideal ao expoente da loucura.
Do conto ao soneto, do romance à epopeia
morreram trovadores envoltos numa teia
de amor que é doença e que Obreiro nomeia cura!

Mas nem a Santidade se livrou do sofrimento,
entregou-se pela cura e morreu da doença
e ao ressuscitar renasceu de novo a crença
a fé que torna poeta rei por um só momento!

Assim aproveito meu reinado para negar
a ortodoxia das palavras que o Senhor me deu
porque por ti,digo-te, não temo jamais eu
a maiúscula a Deus ser capaz de tirar...


Iowa

1 comentário:

Anónimo disse...

*