sexta-feira, março 31, 2006

Depois de arrumar as trouxas, preparar os sentidos e tudo quanto uma viagem requer, respiro e noto que

na certeza de que a vida não segue um caminho que não aquele que impomos ou escolhemos para nós próprios como o mais adequado ao momento seja por instinto seja por tudo mais e que acima de tudo não dá tempo para avançar bem lento no pensamento e caso erro recuar bem rápido na acção – seja isto o que for, signifique o que significar - parto com a garantia de que não vivo do empirismo de Locke de que tudo será em prol do cumprir da tábua rasa à procura do gnosis absoluto pela prática nem muito menos me renderei a Descartes e Leibniz e ao seu raciocínio dedutivo. Mesmo assim, por estranho que pareça Kant não me satisfará pois sejam quais forem as formas e conceitos inatos que tenha trazido para a experiência crua do mundo, sinto que sou filho do momento e do momento farei o meu tempo. Nem à priori serei, nem me consumirei nas inscrições da tábua do conhecimento: serei momentos como todos sempre somos, como o reflexo de nós mesmos na água no presente em que para ela olhamos, e momento outro, quando abalamos, não mais há reflexo.

3 comentários:

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