sábado, dezembro 03, 2005

Ordeno-vos, saiam da minha cabeça.

A particularização é o confirmar do carácter dúbio da natureza humana.É o esquecer dos valores, princípios e morais nos quais o Homem assenta a sua conduta.A dúvida por sistema parece, mas não é inerente ao Homem.O Homem não consegue imaginar a regra sem cair na excepção, pois adormeceu num pesado facilitismo pensativo onde o geral se tornou acessório e o particular essencial retirando ao animal racional o que de mais racional possui, as certezas universais.A certeza é instintiva e inveja quem não assim a vê, pois este submete-a a uma errada intelectualização desmedida e sem nexo algum.É tão natural racionalizar como respirar, como sentir. Seja pensar o sexto sentido."Certo é que tudo é incerto. Perfeita só a imperfeição humana", entre uma panóplia imensa de outras frases feitas nas quais se revela o conformismo de todos vós, animais ex-racionais, nada mais que uma animalia resignada, à qual admito, também pertenço, mas contrariado. Abri os olhos de uma vez por todas eternos comas mundanos, a razão na animalidade humana é sólida, não verga por mais animalesca que seja a essência do Homem, o que sim se distorce é a sua concepção a nossos olhos.Lembrai: Como em tudo na vida, não é por não a concebermos que ela deixa de existir. O cartesiano impera em nós com força bruta! Dúvida é fraqueza. Não a metódica, a sistemática. Penso logo existo, não penso logo sou. Existo- é certo. Sou? Sou o quê? Até sintaticamente se explica: Ser, exige predicativo do sujeito. Para ser tenho que ser algo. Reparai: até O verbo duvida, até o verbo se questiona! No princípio era o verbo, mas ser não era de certeza. Quem é, é fraco, e dos fracos não reza a história. Ah, que reles miséria, que contradições pegadas, que teoria sem encaixe na minha prática de vida, cuspo na dúvida, e enquanto o faço dou de barato a solução mesmo que de tão barata ninguém a queira: Ergamos a octometria ao expoente divino! A razão sensacionada, a sensação racionalizada, uma aurea mediania Shmoniana! Não há fédon que o valha, Platão que o explique, nem Campos nem Sá-Carneiro! Explico eu! É o momento que fala por si, é o oito que o confirma. Só não vê quem não quer, só não quer quem inveja. Desapareçam racionais cépticos, evaporem-se sensacionistas invisuais, acordem de uma vez por todas românticos inoperantes!
Morram vergonha de pensar,de existir,de ser!


Agora reparei que com estas palavras, por A mais B condeno-me à morte.

Protesto!
Meritíssima consciência, as palavras que antecedem a minha sentença não passam de um chorrilho de contradições e reflexões disparatadas, nas quais até vejo fundamento, mas não sei é bem qual, sendo assim, mereço viver um pouco mais.

Deferido.

2 comentários:

Anónimo disse...

este alvaro de campos é um imitão!!!! xD

Anónimo disse...

" Por amor de Deus, parem com isso dentro da minha cabeça." pelos vistos tens MESMO razao...ainda vais fazer algo bem mais fixe que o "supremíssimo cansaço, issimo, issimo, issimo cansaço"