quarta-feira, abril 27, 2005

Fim da ditadura


"Yo, Valete, o people está a preparar um K.O definitivo à América.
Vai haver uma concentração clandestina no México, em Guadalajara, e queremos saber se vais ou não?"

Eu sou Valete, bro, e sempre quis ser regicida
Sacrificar a vida pela maioria oprimida,sem contrapartida.
pela revolução sou suicida.Reserva um bilhete de ida para mim,
Estou de partida.
E vou com anti-americanismo que Mao Tse Tung propagandeara
Com a filantropia com que Platão revolucionara,outrora
Com aquele Marxismo que Trotsky impulsionara
Estou farto da senzala, tchau, só me galas em Guadalajara.
A minha aversão ao imperialismo não sara
Não quero fama, nem glória, dá-me só uma t-shirt de Che Guevara
Poê-me num 7.4.7, México aqui vou.
Viajo lembrando de como a segunda torre se desmoronou.
Depois de 15 horas de voo, meu boeing aterrou.
Já fora do aeroporto, houve um bro que me identificou.

"Irmão Valete, eu vim-te buscar para a concentração.
Entra no carro só faltas tu para começar a acção"

Chegámos ao ponto rapidamente, assim clandestinamente.
Provavelmente eu nunca vira pela frente tanta gente.
Era um cidade subterrânea cheia de dissidentes.
Só resistentes e combatentes naquele contingente:
Eu vi Sardar, Saramago, Mia Couto e Chomsky
Também vi os mentores do atentado em Nairobi
Nipónicos para vingar Hiroshima e Nagasaki
Fidel Castro, Arafat, Chavez e Khadafi
Activistas do Hamas, Jihad e Hezbollah
Zapatistas, Talibãs e bombistas da Fatah
Todos diferentes mas com 1 objectivo em comum:
Acabar com esta ditadura que a América implantou.
A sede de vingança deixava todo o exército operante,
deram o sinal para nos reunirmos numa sala gigante.
Em cima do palanque estava um fulano que elaborava o plano
com style de Saudita ou Iraquiano,
só queria saber quem é esse mano
deixava toda a gente focada enquanto ele liderava...

"Yo Valete...é o Bin Laden".

Bin Laden, voz alterada sem barba e com cara totalmente modificada
Eu não o curtia mas ele era o que a América merecia.Radical sem diplomacia,
assim como se exigia.Formulou o plano perfeito para a revolução que se pretendia.
Tinhamos túneis subterrâneos até à cidade de Alexandria.
Hackers bloqueavam a informação da NSA e da CIA.
Tinhamos M1's, f16's e muita artilharia, eu ria.

"Informação, Informação:As bases militares americanas em todo o mundo,já estão controladas pelas FARC, Al Qaeda e milhões de civis revoltosos.O ataque aéreo ao pentágono está previsto para as 3h e 36m.Os ataques bombistas serão às 3h 42m.A invasão à Casa Branca ficará para as 4h e 28m.Já sabem o que têm a fazer!"

Era um batalhão de insubmissos para acabar com aquele arrogância.
Estava incluido na missão: Invasão à Casa Branca
que seria reforçada pelo movimento Black Phanter,
garanto que a América nunca vira tanta encrenca.
Fomos pelo túnel a dentro e chegámos em meio dia.
Alexandria tinha como Washington, cidade vizinha.
E quando lá cheguei era inarrável o que eu vira:
América já ardia, rendida à nossa investida.
Ficaram na defensiva, deixámos tropas sem vida.
Éramos só homicidas com ira, topa a chacina.
Numa outra ofensiva, edifício da ONU caíra.
Largámos misseis em New York, Carolina
Califórnia, Louisiana, Detroit e Virginia
Georgia, Indiana, Illianois, Pensilvânia e Kansas.
Às quatro e um quarto já estava tudo controlado:
Nossos soldados já tinham a rádio a Tv e o pentágono.
Passado mais um bocado, Fidel leu o comunicado:"ACABOU A DITADURA"
podes crer é o golpe de estado.E à porta da Casa Branca fiquei com Bin Laden a sós
disse-lhe sem hesitar um coche: Deixa-me liquidar o George.
Ele esboçou um sorriso e olhou-me fundo nos olhos,
sentiu segurança na minha voz e passou-me uma kalashnikov.
Era só ódio destrutivo na minha cabeça,Kalash fui exibindo assim a dar paleta.
Eu fui o homem escolhido para ditar a sentença,
olha o meu peito erguido para vingar o planeta.
Entrei na Casa Branca assim cheio de moral.
Nossos snipers iam abatendo a escolta presidencial,
eu andava no piso inferior de corredor em corredor.
Abria porta a porta à procura daquele estupor.
Vi a porta dos fundos, senti um feeling interior.
Abri...Até que enfim seu DITADOR!
Agora sente o pavor!
Vais pagar pela tua merda e pela dos teus antecessores,
isto é pelas vítimas das guerras que vocês fabricaram,
pelas bocas que morreram pela falta de pão que vocês negaram,
pelo terror que semearam, alastraram e perpetuaram,
pelos homens e mulheres que as vossas bombas mutilaram,
pelo suor dos trabalhadores que vocês escravizaram,
pela alma deste planeta que vocês danificaram!

Morre filho da puta!

-Valete

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