domingo, janeiro 29, 2006
terça-feira, janeiro 24, 2006
Versos Incompletos
Sei (pelo menos sonho que sei!)
que um dia este amor que é mudo
será escravo e será rei
algures por aí,oriente de tudo.
O resto do poema será publicado posteriormente por motivos de variada ordem...
ok, porque ainda não o terminei.
Como quase todos os outros.
domingo, janeiro 22, 2006
O Império dos Lobos
Tenho a dizer que é interessante.
Relata uma realidade, mas por diversas vezes roça a ténue linha entre o real e a ficção, mas mesmo assim não tira o relativo interesse que o filme tem.
Muito subliminarmente reflecte a posição da Turquia na França, quase que no mundo ocidental e os estudos cientificos que se desenvolvem hoje em dia relativamente a memória e ao controlo desta. Resumidamente, é criada uma associação entre estas duas temáticas. Difícil de explicar com as muitas palavras de que disponho mas que mal sei usar, por isso vos digo que é preferível ver, e ajuizar.
Hoje é o dia
em que se decidirá quem será o novo presidente da república. Reformulando, vota-se para tal, mas tal pode não acontecer e a decisão pode ficar adiada por uns tempos, mas até ver não é tal que constato. Saio à rua e oiço "Eu?Naaaa, não vou votar.". Oiço-o como se se tratasse de uma posição honrosa banhada num orgulho parvo quando não é mais que o recusar de um direito e o negar de uma obrigação cívica. É quem não participa do sufrágio universal que tanto custou aos portugueses da nação valente de outrora lutar por conseguir, pela república, pela democracia, contra regimes ditatoriais, e afins, que depois se insurgem contra o estado das coisas e as coisas do estado.MAS COM QUE DIREITO ?
Peço desculpa, eu até percebo,Portugal.
Se os candidatos movessem a população, vendessem cd's ao desbarato, pelagiassem músicas, aparecessem em novelas, se vestissem como a geração mtv impõe, invadissem a mente dos jovens,alimentados pela comunicação social que participaria neste fenómeno terrorista de enraizamento de uma cultura vazia, mas tão vazia que põe os jovens a gastar 15€ para fazer parte dela e assistir a um magnifico fenómeno jamais visto: Pagar para ser enganado, e gostar, e saltar, cantar e pedir mais no fim, enquanto quem sobeja na arte, mas escasseia de engenho, fica-se pela sua garagemzinha porque é lá que está bem. Afinal de contas, nem todos podem entrar na novela das 7.
Se assim fosse, ah, aí está bem, aí já me levantaria do sofá neste domingo, por sinal com muito custo, e lá faria o favor de colocar uma cruzinha em frente do nome daquele que me ofereceu a bandeirinha na baixa e enquanto me comprimentava dizia que com o meu voto nele, tudo iria mudar.
quarta-feira, janeiro 18, 2006
Crise ?
Observar a evolução do vizinho Ibérico, num contexto de inserção Europeia, é deveras frustrante... tendo em conta que hoje em dia, a única competição em que ainda lhes fazemos frente é o futebol (ao menos isso!). O erro do Português, ao falar em "crise", é que não sabe o que é, realmente, a crise. Crise é não ter pão para comer e água para beber. Só isto. É aqui que deve recair a nossa consciência. Felizmente, para todos nós,
o país expende abundância, se considerarmos esta relação. Então o que é que nos falta? Qual é o factor que nos torna uma cauda cada vez mais dispensável da União Europeia?
De onde vem todo este pessimismo nacionalista que se vive hoje em dia?
Vejamos exemplos como os países do Leste que sobrevivem com salários miseráveis e, ainda assim, apresentam um índice de produtividade sustentável, no que concerne ao território nacional. Irlanda, que outrora havia sido a ovelha negra da UE, apresenta neste momento uma taxa de crescimento médio de cerca de 8% ao ano. Já para não referir uma atemorizante lista de países que se posicionam bem à frente do nosso nariz no que toca a este assunto. No caso lusitano, intelectuais apontam o dedo para uma geração adulta que “asfixia”, no verdadeiro sentido da palavra, o ingresso juvenil no mercado de trabalho, que posteriormente irá resultar numa vaga a preencher, ocupada na perfeição (e passo a expressão) pelos “nuestros hermanos” ou qualquer outro estrangeiro que tenha a “coragem” de cá ficar. Ao nível da economia fala-se duma tentativa quase constante de lucro a curto prazo, um vício típico do português, que se reflecte directamente no campo dos investimentos, que quanto a mim pura e simplesmente não existe em Portugal; um Estado mais magro e menos intervencionista que consome através dos excessivos impostos os recursos que os privados necessitam para investir e criar riqueza no nosso País. Uma indigência extrema de criar “gravatas” que acabam por resultar num desnivelamento ainda maior, no que toca à distribuição da riqueza portuguesa, e que parecem nunca parar de “apertar”. E depois é clamoroso ver um país nesta situação, responder com tentativas desesperadas de recuperação a nível anímico, bradando a tudo e todos ter construído a maior ponte ou a maior árvore de natal a nível europeu.
A resposta natural de um português seria a de revolta, descontentamento geral com a bola de neve que se gera, mas teremos nós essa legitimidade quando a taxa de abstenção no nosso país é maior nas eleições presidenciais do que na merda do big brother? Sim… assusta, pois faz-nos pensar que a culpa parte um pouco de cada um de nós, cada um à sua maneira. Será que nos estamos a tornar num país de “saloios”, um país que passou de patrão e senhor de um império a mais um país meramente … simpático? Como terá ocorrido esta transformação, quase repentina, de um povo que irrefutavelmente marcou a História do Mundo, sempre destacados pela sua bravura, pela sua perspicácia, pela destemida investida contra o inexplicável, o impenetrável e o ininteligível!
E num dia em que “Vasco da Gama” parte mais uma vez, é fundamental pôr a mão na consciência e começar a perceber o porquê da situação que se vive na nossa amada Pátria, já não existe renovação apenas pensos rápidos e nenhuma ponte deve ser alicerçada em areia movediça…
domingo, janeiro 15, 2006
No cimo
sábado, janeiro 07, 2006
Versos incompletos
e eu sabia o que queria
e do que gostava
diria:
Calma!
O momento é triste
mas na fé subsiste
o substrato da alma.
De cá para lá
Falo então do que vejo. Do lado de cá reina o caos. Todos temos os nossos demónios, alguns menos que outros, até por vezes em concordância com estes, uma espécie de pacto, um parasitismo mórbido, uma dependência eterna, enfim, a vida por nada.
Não é o caso.
Deste lado combate um exército. Uma armada desprovida de munição, potência bélica, de poder furtivo e militar, de coragem, esperança ou credo. Possui apenas o medo, e no fim de contas não é o medo que nos mantém vivos?
Mas por incrível que pareça,mesmo somente equipada de um medo de morte capaz de batalhar o maior dos inimigos, a armada combate-se a si, um guerrear sem causa, só para justificar a sua existência, um matar o meu próximo por não saber quem matar vivendo na ilusão de que quem não morre sou eu, mas no fundo, vou-me ferindo lentamente, e eles riem-se de mim, demónios de outrora, de agora e de sempre. E no fundo eu sabia o que fazer, gritar para lá do muro "AMO-TE", e ver o muro a ceder como cartas e os demónios em voo descontrolado transformando-se em criaturas que como gárgolas petrificam para sempre, pois para sempre existirão, mas faz tempo viveram.